Zacarias Lopes considera que time tem sentido desgaste da viagem de Cruzeiro do Sul para Rio Branco, e que dois primeiros gols sofridos no revés por 4 a 0 para Humaitá desestabilizaram time
Rio Branco, AC - O Náuas se complicou na missão de conseguir se manter na elite do Campeonato Acreano. O Cacique do Juruá foi derrotado pelo Humaitá por 4 a 0, nesse sábado (16), no estádio Florestão, em Rio Branco, pela terceira rodada do grupo B, se manteve na lanterna da chave com um ponto e com apenas mais um jogo para cumprir no primeiro turno.
O técnico Zacarias Lopes, que já havia dito que o clube está em desvantagem em relação as demais equipes por conta da viagem que precisa fazer na véspera das partidas de Cruzeiro do Sul para Rio Branco, voltou a citar o problema para justificar o resultado negativo.
De acordo com o treinador, os jogadores não têm conseguido repetir o mesmo desempenho dos treinamentos nos jogos, justamente pelo desgaste da viagem de mais de 600 km de ônibus.
– Creio que é mais um resultado que foi pra história, muito se pode entender os motivos de um revés assim. Para um leigo ou um crítico maldoso é uma goleada a mais. Mas na realidade, na concha da balança, há muito o que se tem que tirar do nosso lado pra que possamos entrar em campo e enfrentar apenas o adversário - disse o treinador ao começar a explicar.
– Quando a bola rola, nós já nos sentimos incomodados ao perceber que a dinâmica do jogador está totalmente diferente da que ele pratica no treino. Há algo estranho que o deixa mais lento. Sei que a fisiologia pode explicar a queda de rendimento em um atleta de alto rendimento quando ele tem que enfrentar uma viagem tão longa às vésperas de uma partida. Sei que conseguimos ainda praticar um pouco do que preparamos para enfrentar um adversário tão forte, tanto que conseguimos um empate e até com oportunidade de gols durante mais de uma hora jogo – destaca Zacarias Lopes.
O treinador destaca que os dois primeiros gols sofridos – o primeiro de pênalti e o segundo em um lance de bola parada – poderiam ser evitados, e disse que a equipe acabou se desestabilizando após o segundo gol.
– Um gol de pênalti e outro de escanteio que poderiam ser facilmente evitados sem qualquer esforço. Acho que desestabilizou, principalmente pra quem joga no limite máximo como nós – explica.
O Náuas não depende mais apenas de si para conseguir se manter na primeira divisão. O Cacique do Juruá terá um confronto direto contra o São Francisco, quinto e penúltimo colocado com um ponto, precisando vencer para seguir com chances de não cair.
Mesmo se vencer, o São Francisco ainda terá um jogo a mais para fazer e poderá ultrapassar o Náuas no critério de saldo de gols (-1 contra -5 no momento).
– Na realidade, nos não temos um pensamento específico em relação a rebaixamento e sim uma forma séria, honesta e profissional de trabalhar que nos remete ao mais alto respeito aos torcedores, patrocinadores, sócios, atletas e familiares. Vamos jogar sempre o nosso máximo e deixar nosso rasto de sinceridade cumprindo com nossas obrigações legais e acordos com nossas parcerias. Enfim, jogar em qualquer divisão é o que tratamos como honroso – finaliza o treinador.
O Náuas encara o São Francisco no dia 26 de março, às 16h, no estádio Florestão, pela quinta rodada do grupo A.