Time sofre para criar contra o Nacional-PAR, mas melhora após substituições e conta com boas defesas de Carlos Miguel para ganhar por 2 a 0 na Sul-Americana
São Paulo - O Corinthians volta do Paraguai com uma vitória fundamental na luta pela classificação na Copa Sul-Americana e que garantiu o quarto jogo de invencibilidade da equipe. Porém, não há muito mais do que isso a comemorar no triunfo por 2 a 0 sobre o Nacional-PAR.
Diante do lanterna do Campeonato Paraguaio, o Corinthians repetiu parte do enredo do duelo contra o América-RN, da Série D, na semana passada, pela Copa do Brasil. Dificuldade para criar na ausência de Rodrigo Garro, alguns vacilos defensivos e dependência de milagres de Carlos Miguel.
Os problemas passaram em grande parte pelo setor de meio de campo. Além do desfalque de Garro, o Timão sentiu a falta de Raniele porque os substitutos deles não estiveram à altura. Biro teve dificuldades em alguns momentos até para se manter em pé, e Paulinho pareceu não encontrar o posicionamento ideal.
Preocupa o fato de que sábado, contra o Flamengo, no Maracanã, pelo Brasileirão, Raniele mais uma vez estará fora, desta vez por suspensão. Mesmo em crise, o time rubro-negro promete oferecer dificuldade maior ao Timão.
Com Breno Bidon recuado demais e sobrecarregado na iniciação das jogadas, o time de António Oliveira não tinha fluidez com a bola e apelava para jogadas individuais de Wesley, que dessa vez teve pouco êxito.
A opção por Romero centralizado mais uma vez não funcionou, e o Corinthians foi para o intervalo sem um chute sequer na meta do Nacional-PAR.
Mesmo com o time tendo atuação apática, o técnico António Oliveira voltou para o segundo tempo sem alterações e foi mexer só 13 minutos depois, quando Carlos Miguel já havia operado milagre para manter o 0 a 0 no placar. Antes, na etapa inicial, tinha contado com ajuda da trave.
As entradas de Matheuzinho e Yuri Alberto propiciaram uma ligeira melhora da equipe, o suficiente para gerar perigo ao gol do limitado time do Nacional.
O lateral participou da jogada do primeiro gol e marcou o segundo. Já o camisa 9 abriu o placar e ainda deu cruzamento para Romero anotar, em lance que acabou anulado por impedimento.
Sim, apesar de todos os problemas, o o Timão poderia ter voltado ao Brasil com um 3 a 0. Mas também correu riscos de sair apenas com o empate, não fossem as deficiências do Nacional e as boas defesas de seu goleiro.
O próprio António Oliveira reconheceu que o placar foi melhor do que o desempenho.
É muito melhor corrigir os problemas em meio a bons resultados do que pressionado pela falta de vitórias. Ainda mais neste momento de enorme turbulência política vivido pelo Corinthians.
Mesmo assim, a vitória em Assunção não pode esconder os problemas da equipe, que volta do Paraguai com três pontos, mas também lições de casa a fazer.