Patrick brilha com dois gols no tempo normal e reverte vantagem do Dragão; nas penalidades, frieza leva Tricolor à decisão para enfrentar o Independiente Del Valle, dia 1º de outubro

Em uma noite histórica de quinta-feira no Morumbi, o São Paulo avançou à final da Copa Sul-Americana ao vencer o Atlético-GO por 2 a 0 no tempo normal (e por 4 a 2 nos pênaltis), e vai voltar a decidir um torneio internacional depois de dez anos longe. Campeão da mesma Sul-Americana em 2012, o Tricolor contou com o apoio de mais de 50 mil torcedores para reverter a vantagem obtida pelo Dragão no jogo de ida (3 a 1, em Goiânia) e mostrou força para voltar a ser protagonista no cenário continental. Patrick foi o herói com dois gols nos 90 minutos, mas, extenuado, não conseguiu ficar em campo para as cobranças de pênaltis. Ali, a frieza são-paulina fez a diferença. Luciano até errou o dele, mas Baralhas e Léo Pereira perderam pelo Atlético-GO. Coube ao volante argentino Galoppo fazer o gol decisivo e começar a festa que vai durar pelo menos até o dia 1º de outubro, quando o São Paulo fará a final contra o Independiente Del Valle, do Equador, na cidade argentina de Córdoba.

Como fica?

O São Paulo vai enfrentar o Independiente Del Valle, do Equador, no jogo único da grande final da Sul-Americana – dia 1º de outubro, em Córdoba, Argentina. Os equatorianos eliminaram o Melgar, do Peru, nas semifinais. 

Mais uma nos pênaltis!

Os grandes momentos do São Paulo na temporada foram nesse tipo de disputa: foi assim que o time de Rogério Ceni se classificou contra o Palmeiras, nas oitavas da Copa do Brasil, e o Ceará, nas quartas da Sul-Americana. Diante do Atlético-GO, Felipe Alves não pegou nenhuma cobrança, mas contou com erros de Baralhas (por cima) e Léo Pereira (trave). O Tricolor marcou com Reinaldo, Calleri, Igor Vinícius e Galoppo e saiu feliz mais uma vez.

Primeiro tempo

O São Paulo atendeu às expectativas de um Morumbi lotado e começou na pressão, abafando o Atlético-GO e forçando o rival em seu campo de defesa – logo aos três minutos, Luciano chutou, Renan espalmou, e Patrick aproveitou o rebote para abrir o placar. Jogando bem, com paciência e buscando sempre Calleri, o Tricolor continuou em ritmo acelerado e criou muitas chances, esbarrando, porém, na falta de pontaria. Calleri chegou a fazer um gol após cruzamento da esquerda, anulado por falta em Klaus. Depois de 15 minutos muito intensos, o time de Rogério Ceni diminuiu a velocidade e continuou criando mesmo assim. O Atlético mal conseguiu ficar com a bola durante todo o primeiro tempo, mas melhorou na reta final, quando Jorginho passou a ser mais acionado – o camisa 10 fez lançamentos perigosos, principalmente explorando o lado esquerdo da defesa rival, com Reinaldo. Felipe Alves só fez uma defesa pelo São Paulo, em chute de Churín.

Segundo tempo

O São Paulo voltou com tudo para o segundo tempo, e o Atlético desligado. Logo aos 6 minutos, Alisson teve a primeira chance, mas a bola quicou no cabeceio e subiu demais. Pouco tempo depois, Calleri subiu livre para cabecear para fora. Mas não demorou muito, e Patrick tratou de ampliar o marcador, após antecipar Dudu na área e dar um toquinho na bola aos 17. O jogo ficou mais truncado, com o Tricolor mantendo a posse, e o Dragão tentando matar as jogadas e controlar o tempo. A entrada de Galoppo deu uma movimentada no São Paulo. O argentino deu dois chutes perigosos no final da partida. Porém, a decisão seguiu para os pênaltis.