ESPANHOL

Presidente da Fifa manifesta solidariedade a Vinicius Junior após casos de racismo

Presidente da Fifa manifesta solidariedade a Vinicius Junior após casos de racismo

Gianni Infantino comenta casos de manifestações preconceituosas contra o brasileiro e outros atletas

Kigali, Ruanda - Em sua primeira entrevista coletiva após a reeleição na presidência da Fifa, Gianni Infantino manifestou solidariedade ao atacante Vinicius Junior, que vem sendo alvo de racismo em diferentes ocasiões na Espanha. O líder da entidade máxima do futebol mundial pontuou que cada organização deve tratar dos casos em suas esferas, embora tenha citado que a Fifa tem trabalhado para ajudar a afastar o preconceito dos estádios.

- Toda a solidariedade para Vinicius e todos os jogadores que são alvos de racismo. É claro que no sistema de futebol que temos, cada organizador é responsável pelos incidentes que acontecem em suas competições - comentou.

Infantino citou exemplos positivos, como o monitoramento de redes sociais usado durante a Copa do Mundo no Catar e a orientação para que árbitros paralisem partidas em caso de manifestações racistas.

- São as regras. Às vezes é mais facil a teoria do que a prática. O que temos que fazer é mais educação. Educação e educação - disse Infantino.

Também presente no congresso, o presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), Luis Rubiales, comentou sobre Vinicius Junior. Ele indicou que não se deve ter “uma impressão equivocada” sobre a Espanha “por caussa de uma minoria”, e que o país atua contra o racismo e outros tipos de preconceito.

- Vinicius tem o nosso apoio, o apoio de todos os jogadores. O futebol não é uma questão de cor de pele, de cor de olhos, de religião e nem de gênero. Todos estamos com ele, é um jogador fantástico que veio melhorar o nível do nosso futebol - opinou Rubiales.

Vinicius Junior vem sendo alvo de racismo em diferentes estádios na Espanha, com manifestações preconceituosas por parte de torcedores rivais. Em fevereiro, em duelo contra o Mallorca, o brasileiro foi chamado de “macaco” por um torcedor no estádio do adversário. O fã foi identificado e, posteriormente, multado em 4 mil euros (cerca de R$ 22 mil) e impedido de entrar em eventos esportivos por um ano.

Em dezembro do ano passado, Vini foi alvo em partida contra o Valladolid e desabafou e afirmou que LaLiga seguia “sem fazer nada” - e foi rebatido pelo presidente da competição.

Um dos casos que ganhou mais notoriedade ocorreu em janeiro, quando o Real enfrentou o Atlético em dérbi de Madri. O jogador foi alvo de racismo antes mesmo do clássico pela Copa do Rei, quando um boneco vestindo sua camisa foi pendurado pelo pescoço em uma ponte na cidade, simulando um enforcamento. Em setembro, o atacante também foi insultado pelos fãs do Atleti.

Diante da recorrência do preconceito contra Vini, LaLiga decidiu criar uma comissão específica para cuidar dos casos de racismo contra o brasileiro. A estratégia é contar , em cada jogo do Real Madrid pela liga espanhola, com inspetores nos setores mais problemáticos de cada estádio.

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