LIBERTADORES

Crise entre Venezuela e Argentina atrapalha River Plate na Libertadores

Crise entre Venezuela e Argentina atrapalha River Plate na Libertadores

Acirramento diplomático recente entre países faz equipe argentina encarar mais de 11 horas de viagem para estreia na competição

San Cristóbal, Venezuela - O River Plate estreia na Libertadores apenas na terça-feira contra o Deportivo Táchira, da Venezuela. Mas a equipe já encarou o primeiro desafio antes da bola rolar. A recente crise diplomática entre autoridades dos dois países fez a Venezuela proibir que voos com origem da Argentina circulem pelo seu espaço aéreo.

A medida impactou diretamente na logística do River Plate. Sem a possibilidade de viajar diretamente para a Venezuela, o elenco precisou embarcar em um avião fretado para Cúcuta, cidade colombiana localizada na fronteira com o território venezuelano.

De lá, os Millonarios seguiram em veículos para a cidade de San Cristóbal, onde a partida será disputada. Os mais de 50 quilômetros de distância entre os locais podem ser percorridos em um pouco mais de uma hora. O tempo total de viagem superou as 11 horas de duração.

À Rádio Continental, o ex-capitão e atual secretário-técnico do River Plate, Ponzio, comentou na semana passada sobre a logística complicada da estreia no torneio da Conmebol.

“É ir para a Europa e voltar. Não dá para chegar na Venezuela e desembarcar”, disse.

Além do cansaço para chegar ao local da partida, o River também precisará se adaptar para realizar os treinamentos antes do jogo. Com gramado natural disponível apenas no estádio do Real Frontera, clube da segunda divisão venezuelana, localizado a mais de 40 quilômetros de distância, a equipe argentina vai se preparar na grama sintética.

O desvio de trajeto fez com que o River fosse festejado ao longo do percurso. Os jogadores e a comissão técnica foram recebidos com festa na Colômbia e na Venezuela.

Entenda a crise

Nicolas Maduro, presidente da Venezuela, fechou o espaço aéreo do país aos aviões da Argentina justamente por causa de uma aeronave. O governo venezuelano acusa o argentino de reter um Boeing 747 no país e depois entregá-lo aos Estados Unidos em 2022.

Com a eleição de Javier Milei, a situação ficou ainda mais tensa por causa das posições políticas totalmente opostas dos dois comandantes. Além disso, membros dos governos dos países seguem trocando ofensas de maneira pública, o que dificulta qualquer tipo de negociação entre as nações.

O River enfrenta o Deportivo Táchira fora de casa, nesta terça-feira, às 21h30 (de Brasília). O ge acompanha a partida válida pelo grupo H da Libertadores em tempo real.

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