Comissão técnica de Fernando Diniz teme que campo castigado possa favorecer jogo do time paraguaio
Rio de Janeiro - A Justiça permitiu que o Vasco jogasse no Maracanã contra o Atlético-MG no último domingo, mas a segunda partida seguida no estádio, com cerca de só 14 horas de intervalo de uma para a outra, junto com as chuvas no Rio de Janeiro, visivelmente prejudicaram o campo (veja no vídeo abaixo). E o gramado virou motivo de preocupação no Fluminense justamente na semana em que terá o jogo mais importante do ano até aqui, contra o Olimpia nas quartas de final da Conmebol Libertadores.
O ge apurou que a comissão técnica de Fernando Diniz está bastante temerosa com relação ao prejuízo técnico que o Fluminense pode ter nessa partida. Quanto pior o gramado, mais problemas a equipe terá para impor o seu estilo de jogo de toque de bola. Em contrapartida, um jogo mais físico tende a favorecer os paraguaios, que por coincidência têm como ponto forte as bolas aéreas.
Ao menos nesta fase o Fluminense não jogará na terça-feira, como fez na maioria de seus jogos nesta Libertadores. Como a partida contra o Olimpia será na próxima quinta, às 21h30 (de Brasília), a gestão do Maracanã terá ao todo quase quatro dias para tratar o gramado e tentar melhorar o estado do campo. E a previsão do tempo no Rio de Janeiro começa a melhorar nesta segunda.
Além da questão técnica, também preocupa o Fluminense pelo lado financeiro. No último dia 4, a Conmebol abriu processo disciplinar contra o Flamengo devido, entre vários motivos, o estado ruim do gramado do Maracanã. Na ocasião, o delegado escreveu que “devido ao uso excessivo, o campo tem áreas bastante afetadas, as linhas de marcação excedem a medida de 12cm e se aprofundaram, ficando abaixo do nível da grama”.
Caso o Flamengo seja considerado culpado, a punição prevista nos códigos disciplinares da Conmebol é de multa. O Fluminense teme que o mesmo expediente seja aberto contra o clube.
- Por ser o estádio que receberá a final da competição, a Conmebol está acompanhando de perto e pressionando para que haja um maior cuidado - disse o presidente tricolor, Mário Bittencourt, em entrevista ao ge na semana passada.
