"Espero que todas as crianças possam vibrar e ver a nossa seleção jogar com raça e determinação", diz atacante de 17 anos
Orlando, Estados Unidos - Dez anos atrás, Endrick vivenciou uma de suas experiências mais tristes no futebol, ainda como um mero torcedor. Com apenas oito anos recém-completados, não conteve as lágrimas com a derrota da seleção brasileira por 7 a 1 para a Alemanha na semifinal da Copa do Mundo.
Agora vestindo a amarelinha, o atacante sabe a responsabilidade que carrega de ser exemplo e levar alegria às crianças e promete dar o máximo para conquistar o título da Copa América.
– Eu queria só mandar um recado para as crianças, somente elas são o que importa para mim. Eu lembro quando eu tinha sete, oito anos, a primeira Copa que eu vi, que foi de 2014, quando eu vibrei bastante. Espero que todas essas crianças possam vibrar e ver a nossa seleção jogar com raça e determinação, nos dedicar o máximo possível – disse o jogador, em entrevista exclusiva.
– Como o Danilo falou na roda lá (no vestiário da Seleção em Londres, em março), todos os jogadores não vêm pra seleção para brincar, vêm para demonstrar o quanto amam a Seleção. A gente veio fazer isso e espero que todas as crianças estejam conosco –completou.
Questionado sobre as memórias que têm daquela histórica goleada sofrida pelo Brasil para os alemães, o jovem relatou:
– Eu era bem pequeno, eu não entendia muito, então eu só vibrava a cada gol, a cada vitória do Brasil. Chorei com a lesão do Neymar, chorei com a nossa eliminação
Esta é a primeira convocação de Endrick, que na última data Fifa balançou as redes diante de Inglaterra e Espanha. O atacante tem chances de ser titular pela primeira vez em amistoso contra o México, neste sábado, às 22h (de Brasília)
A caminhada da Seleção rumo ao 10º título da Copa América começa no dia 24, contra a Costa Rica, em Los Angeles.
– O que não vai faltar é dedicação, raça, pra poder chegar até a final e, se Deus quiser, poder sair vitorioso. É o meu primeiro campeonato oficial com a seleção. Então é um campeonato onde não vai ser diferente, eu vou dar minha vida – promete o garoto.
