Sacado no início do segundo tempo contra a Costa Rica, atacante lembra mudança de posição e dificuldade para furar retrancas: “Tem três ou quatro jogadores para me marcar”
Los Angeles, EUA - A substituição aos 71 minutos de jogo colocou os holofotes novamente em Vini Jr e nos questionamentos sobre sua performance com a camisa da Seleção.
O peso de favorito ao posto de melhor do mundo não foi suficiente para mantê-lo em campo no empate por 0 a 0 entre Brasil e Costa Rica, segunda-feira, pela estreia na Copa América. E a responsabilidade ficou ainda maior para a partida de sexta-feira, diante do Paraguai, em Las Vegas.
O cenário repete o que aconteceu na eliminação do Brasil para a Croácia na Copa do Mundo. No Catar, apesar de ter participado diretamente de cinco dos sete gols da Seleção até então, Vini foi substituído por Tite aos 64 minutos para dar lugar a Rodrygo.
Agora, em um campo com dimensões reduzidas e um adversário retrancado com linha de cinco na defesa, Vinícius teve dificuldades para criar espaços e foi sacado por Dorival Júnior. Em autocrítica, o atacante do Real Madrid admitiu que está em dívida com a camisa da Seleção, mas relembrou que o desabrochar pelo time espanhol e pelo Flamengo também demandou tempo:
“Tenho feito de tudo para ajudar a equipe, mudando de posição. Tudo requer tempo, treinador novo, jogadores novos. Estou jogando numa nova posição, que é completamente diferente para mim, mas estou focado para seguir evoluindo. As pessoas querem a resposta de imediato. Não foi assim no Real, não foi assim quando estreei no Flamengo...”
- Fui ganhando confiança, experiência durante os jogos, quando comecei a jogar melhor, como estou jogando agora no Real Madrid, muito melhor, sendo considerado um dos melhores do mundo depois de muito tempo. Todas as vezes que eu venho na Seleção, tem três ou quatro jogadores para me marcar. Requer tempo até me acostumar. Tenho que me adaptar sobre isso para fazer a Seleção jogar melhor.
Os números da exibição em Los Angeles evidenciam a dificuldade de Vini com a marcação dobrada dos costarriquenhos. De acordo com o SofaScore, o camisa 7 não conseguiu levar a melhor nas seis tentativas de drible, acertou apenas um de quatro cruzamentos e venceu três de nove duelos no chão. Por outro lado, foram três passes decisivos e duas faltas sofridas.
Ciente da expectativa e da pressão para o duelo contra os paraguaios, Vini Jr falou sobre o processo de formação da equipe sob o comando de Dorival Júnior e lembrou que a Copa de 2026 é o objetivo principal. O atacante, por sua vez, não fugiu da responsabilidade de dar uma resposta rápida para que o Brasil não fique em situação delicada na Copa América.
“Normal que a galera queira sempre que a gente ganhe. Somos o país do futebol”
- Estamos em um novo ciclo, seguindo evoluindo para fazer grandes coisas para o nosso país e para nós mesmos. O Mundial está chegando, queremos estar preparados, e a Copa América é muito importante para nós.
Vinícius Júnior soma 31 jogos com a camisa da Seleção, três gols e cinco assistências. Na sexta-feira, o atacante segue como uma das principais esperanças de Dorival Júnior para volta por cima na Copa América diante do Paraguai, às 22h (de Brasília), no Allegiant Stadium, em Las Vegas. A Colômbia, que venceu os paraguaios na estreia, lidera o Grupo D, com três pontos.