Técnico foi perguntado sobre sondagens que não o animaram, por dizer que o Verdão lhe dá tudo. Quanto à montagem do grupo para o próximo ano, português falou em manutenção da estrutura
São Paulo - Abel Ferreira já deu uma indicação sobre o planejamento do Palmeiras para 2023. Ao ser questionado sobre uma possível mudança na estratégia de contratações e investir em jogadores mais rodados, o português avisou que a base do elenco deve ser a mesma no ano que vem.
– Não sei a média de idade que vamos ter, não vamos fazer muitos retoques, dois ou três, e vamos manter nossa estrutura. O Arsenal é um bom clube a se seguir. São três anos e meio para chegar neste nível. Quando quem manda sabe que o processo tem altos e baixos, e no Palmeiras temos isso – respondeu.
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Enquanto há na torcida uma reclamação por entenderem que o Palmeiras tem um elenco mais fraco que dos principais rivais brasileiros, Abel voltou a citar que dá mais importância ao coletivo.
– O Palmeiras precisa de bons jogadores, que ajudem os outros a serem melhores. Não adianta ter bons jogadores se ele for egoísta. Melhor elenco não significa melhor time. Isto é um jogo de equipe, individual – acrescentou.
Já é certo que o Verdão perderá Gustavo Scarpa ao fim do Brasileirão, pois o meia assinou um pré-contrato com o Nottingham Forest, da Inglaterra. Bruno Tabata foi contratado pensando em preencher esta lacuna no elenco.
Danilo e Rony, peças importantes no time, receberam sondagens neste ano, e a diretoria avisou que não toparia negociá-los agora. É possível, porém, que as investidas do exterior aumentem na janela de fim de ano.
Além disso, Marcelo Lomba e Jailson têm futuro incerto. Ambos assinaram por uma temporada e ainda não renovaram – o volante está se recuperando de uma lesão no joelho.
Abel não pensa em sair
O técnico alviverde tem seu nome frequentemente citado como alvo de times europeus, ainda que as consultas na maioria das vezes não tenham virado propostas.
De qualquer forma, o português não pensa em sair. Com contrato renovado até o fim de 2024, o treinador trouxe sua família para o Brasil e deixou claro que não pensa em ir embora agora.
– O Lucas Barrios estava conosco (nos treinos da semana) e perguntei o que achava. Ele dizia que o Palmeiras é o clube brasileiro mais europeu. Fácil de entender por que as pessoas querem trabalhar aqui, por que o treinador não quer sair deste clube. Aqui tem tudo – analisou.
– Possibilidade de lutar por títulos, condições de trabalho. Não foi por acaso que trouxe minha família. Há outras coisas mais altas do que a parte financeira, que não posso me queixar.
– O mais forte é invisível aos olhos, vocês não me conhecem. Ninguém me conhece como homem, só como treinador. Enquanto o casamento durar, e da minha parte vai durar, vou viver de forma intensa com meus torcedores. Vamos viver de forma intensa. Na saúde e na doença, na tristeza e alegria, juntos em todos os momentos. Se quer uma prova maior do que trazer minha família, uma experiência nova. Não vou trocar por isso ou aquilo. Grandes clubes têm grandes treinadores e estou em um grande clube – encerrou.