Empate após estar vencendo por 2 a 0 é o suficiente para garantir vaga nas quartas de final da Libertadores
Rio de Janeiro - Foi praticamente impossível não lembrar de 2023 naqueles dez minutos de pressão do Palmeiras. O Botafogo de novo iria colocar uma vantagem consolidada pelo ralo? Uma atuação praticamente perfeita iria ser jogada no lixo por instantes de desatenção? Mas algo diferente foi reservado para o Alvinegro dessa vez: o maior fantasma do ano passado foi exorcizado.
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Por ironia do destino, o placar agregado do confronto foi 4 a 3. O ano passado bateu na porta, o Botafogo até abriu para ver o que era, mas logo fechou e seguiu em frente.
Apesar dos dez minutos de interruptor desligado, o Botafogo fez uma atuação sólida no Allianz Parque. A noite, que até então se desenhava como mágica, teve contornos trágicos, mas terminou com final feliz.
O time começou bem, se impondo no ataque e tirando qualquer chance de pressão do Palmeiras. Savarino colocou bola na trave ainda nos primeiros minutos, na melhor chance alvinegra nos 45 minutos iniciais.
O Alviverde cresceu, mas mais na imposição do que na técnica. Vários cruzamentos foram alçados na direção da área, quase todos tirados por Barboza e Bastos. A exceção foi uma cabeçada de Flaco López, que desperdiçou praticamente embaixo das traves já com John vendido. Parecia um presságio do que estava por vir.
A postura do Glorioso mudou no segundo tempo. Valorizou mais a posse de bola e soube atingir o Palmeiras. Foi assim que abriu o placar, em jogada trabalhada entre Matheus Martins e Savarino e que terminou em bola na rede de Igor Jesus. O segundo foi do venezuelano, após trama de Tiquinho e Matheus.
Tudo parecia controlado, mas o drama tinha que fazer parte de um Botafogo x Palmeiras. Romantização à parte, o Alvinegro desligou e sentiu a pressão. Todo o trabalho defensivo bem feito ruiu nos últimos minutos. Praticamente todos os cruzamentos do Palmeiras geravam algum perigo. Três entraram - dois valeram.
“Ano passado eu morri, mas esse ano eu não morri”, já dizia Belchior. O processo foi dramático, mas o fim foi feliz. O Botafogo está nas quartas de final da Libertadores da América.