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Análise: Cruzeiro amplia efeito do clássico e leva “palavra-chave” à risca para pazes com o Mineirão

Análise: Cruzeiro amplia efeito do clássico e leva “palavra-chave” à risca para pazes com o Mineirão

Cruzeiro vence a segunda seguida no Brasileiro, amplia gordura para a zona do rebaixamento e vence o primeiro jogo no Mineirão em 2023

Belo Horizonte - O Cruzeiro fez uma das partidas mais consistentes no Campeonato Brasileiro. O 3 a 0 sobre o Bahia poderia até ter sido mais amplo, numa atuação que reafirmou a reviravolta que o time celeste começa a traçar no Brasileiro, confirmando os efeitos da vitória no clássico com o Atlético-MG, levando uma palavra-chave, conversada pelos jogadores no vestiário, à risca para selar as pazes com o Mineirão.

Se no clássico da Arena MRV, a “identidade” foi muito citada no vestiário pelos jogadores do Cruzeiro, sobre a essência de jogar no time mineiro, a “consistência” foi lema na conversa entre os atletas antes do jogo contra o Bahia. E foi colocada em prática.

- A gente usou algumas palavras no vestiário. No domingo passado, foi identidade, agora foi consistência. A gente tem que ser uma equipe constante. Estávamos conseguindo ir bem em alguns momentos da partida, agora estamos conseguindo manter mais o controle do jogo. Isso faz muita diferença - destacou Rafael Cabral, na saída de campo.

E um dos adjetivos atrelados ao desempenho, no Mineirão, realmente é a consistência. Mesmo que não tenha tido mais posse de bola durante toda a partida (terminou com 41%), o Cruzeiro foi mais produtivo, organizado e, por que não, letal. Seguiu também com a “identidade” demonstrada na Arena MRV e colocada em prática no Gigante da Pampulha.

Um recorte importante disso é da análise dos melhores momentos do jogo. No primeiro tempo, somente o Cruzeiro teve lances de perigo. Um deles com o gol de Kanu. Mas o time poderia ter ampliado, por exemplo, com a bola que Bruno Rodrigues acertou a trave.

No segundo tempo, quando o Bahia tentava ensaiar uma reação, a resposta do Cruzeiro foi contundente, com um gol de Marlon, que tentou cruzar, mas acabou balançando as redes. Sorte para a Raposa, que ampliou e abafou a tentativa de reação. O primeiro “uhhh” da torcida do Bahia, no Mineirão, foi somente aos 11 do segundo tempo, quando Everaldo cabeceou por cima do travessão.

Um chute de fora da área do Bahia, logo em seguida, também levou perigo. Mas foi só. O Cruzeiro seguiu mais organizada, objetivo e perigoso. Foi premiado no fim, em lance de velocidade, em que Bruno Rodrigues concluiu para o gol, fechando os 3 a 0.

O segundo 3 a 0 da era Zé Ricardo, que transforma um trabalho que aumentava o nível de pressão para um superior aos 50% de aproveitamento e que amplia a distância do Cruzeiro para a zona do rebaixamento - dorme com sete pontos de distância para o Z-4.

Para melhorar, o Cruzeiro sela as pazes com o Mineirão, palco de glórias na história do clube, mas que estava sendo ponto negativo na temporada 2023, com oito jogos sem vencer no Mineirão (quatro derrotas e quatro empates). Muitos motivos para o torcedor cruzeirense se animar!

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