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Análise: Fluminense dá adeus ao sonho do tri do Carioca, mas muda postura e volta a ser competitivo

Análise: Fluminense dá adeus ao sonho do tri do Carioca, mas muda postura e volta a ser competitivo

Mesmo com muitos desfalques, time consegue equilibrar Fla-Flu após primeiro jogo para esquecer

Rio de Janeiro - O Fluminense se despediu do Campeonato Carioca de 2024 e deu adeus ao sonho de conquistar um tricampeonato - algo que não acontece desde 1985. Mas teve uma postura completamente diferente no empate sem gols com o Flamengo, na noite do último sábado, no segundo jogo da semifinal do estadual.

Após um primeiro confronto apático, com uma apresentação até irreconhecível, o Fluminense mesmo muito desfalcado foi competitivo - algo que se espera de um time que vem de tantos feitos.

O Fluminense foi solidário, com fome e corajoso. Esses três grandes jogadores voltaram hoje e fizeram falta semana passada
— Fernando Diniz

Sem Ganso, Cano, Douglas Costa, Samuel Xavier, Thiago Santos e Marlon, o Flu precisava vencer por três gols para avançar para a decisão - um cenário bem difícil.

Sem a mesma força técnica para disputar e com muitas improvisações, restava apenas o fio de esperança das batalhas vencidas na adversidade desde o ano passado e na Recopa Sul-Americana este ano.

Com Marquinhos de lateral-direito, Martinelli de zagueiro e Manoel como titular após nove meses longe dos gramados, o time pelo menos fez o que faltou - e muito - no primeiro jogo: teve postura de campeão. Se não foi com brilhantismo, ao menos se reiventou para honrar o clássico.

Tentou criar jogadas com bolas longas para Marquinhos na direita, deixou Arias mais solto para comandar o meio de campo e iniciar jogadas, além de ser mais presente no campo adversário.

Fizemos um primeiro tempo horroroso, na semana passada, contra o Flamengo. O Flamengo não mudou a postura hoje. Quem mudou foi o Fluminense. Vimos que tínhamos que fazer mais. E vamos continuar buscando melhorar daqui para frente
— Fernando Diniz

Assim como uma vitória não diz que está tudo certo, a derrota também não pode jogar todo um trabalho fora. O preço pago pelos campeões é um calendário cheio, com menos tempo de se preparar no início do ano. É claro que todo mundo esperava mais de uma equipe que encantou em 2023 e contratou boas peças para 2024. Mas nem tudo está perdido na temporada.

A Recopa na marra foi um feito e tanto para o Fluminense. Mas o tricolor que aprendeu a sonhar e a viver o sonho desde o ano passado - muito graças ao grande trabalho feito por Diniz - quer mais. E sabe que este time pode mais, por mais que vencer tudo com tanto equilíbrio no futebol brasileiro seja um sonho que atualmente ultrapassa a realidade até para os times com mais investimentos.

Se até aqui o pouco tempo de preparação por conta das férias pesaram, na estreia da fase de grupos da competição mais importante do continente, este mesmo Fluminense terá a chance de mostrar que ainda segue com sede de ser campeão.

Com 18 dias até o próximo jogo, que será pela Conmebol Libertadores, o clube terá tempo de recuperar jogadores, melhorar a parte física e dar a resposta que a torcida tanto espera.

Vamos ter que melhorar em todos as frentes, mas é um processo natural. A gente trabalha muito para que as coisas aconteçam. Espero que os jogadores usem essa última semana de trabalho como uma grande entrada para a temporada.
— Diniz

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