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Rogério Ceni aprova atuação do Bahia e explica Everton Ribeiro somente nos pênaltis alternados

Rogério Ceni aprova atuação do Bahia e explica Everton Ribeiro somente nos pênaltis alternados

Tricolor sofre gol no fim e se classifica após levar a melhor nas cobranças de pênaltis

Salvador - Foi com um grande susto, mas o Bahia cumpriu o seu objetivo e avançou para a terceira fase da Copa do Brasil ao superar o Caxias, na noite desta terça-feira. O Tricolor saiu atrás do placar após gol contra de Caio Alexandre e virou com Cauly e Thaciano. Na etapa final, viu Robinho deixar tudo igual no fim e precisou das cobranças de pênaltis para se classificar.

Na avaliação do técnico Rogério Ceni, após a partida, o Bahia teve boa atuação, mas faltou “calma para finaliza o jogo” antes do empate do Caxias. O treinador destacou que a equipe tricolor marcou bonitos gols e que o placar não refletiu o que foi o confronto.

- Tirando aquele gol contra, eles tiveram uma única oportunidade de gol o jogo todo. Nós controlamos bem o jogo, fizemos gols. Se vocês analisarem cada gol são gols bonitos, construídos com toque de bola, como é característica de nosso time. Mas nós tivemos alguns bons contra-ataques para fazer o terceiro gol. E em um jogo de Copa do Brasil, se faz necessário fazer a vantagem de dois gols para matar o jogo. Eles tiveram méritos de defender o jogo todo e encontrar a chance de gol no final.

- Mas eu destaco muito mais o lado positivo. O meio de campo foi muito bem, acho que cansamos um pouco no final. Eu tentei escalar um time mais alto, com Rezende e Everaldo, porque eu sabia da qualidade da bola aérea, sabia que eles tentariam e teriam as melhores oportunidades assim. Cuesta iniciou a jogada do primeiro gol, Kanu iniciou a jogada do segundo. Passes decisivos. Acho que foi um bom jogo. O placar não reflete o que foi o jogo. E o sofrimento final acontece porque não tivemos calma para finalizar o jogo antes do segundo gol do Caxias - completa.

Ceni pontou alguns jogadores que foram bem pelo Bahia e lamentou que o gol no fim e a disputa por pênaltis possam dar a impressão de uma atuação ruim do time.

- Eu fico tranquilo. Lamento só que uma atuação tão boa tenha sido levada para essa situação dos pênaltis. Acho que tem uma diferença muito grande de propostas e execução nesse jogo. É uma pena causar essa impressão de que a gente não fez um bom jogo. Mas Everaldo e Thaciano fizeram grande partida. Os quatro do meio foram muito bem. Acho que fizemos uma grande partida. Gostei muito de como jogamos. Só lamento não ter vencido antes.

O técnico tricolor também explicou a ausência do meia Everton Ribeiro entre os cinco primeiros batedores de pênaltis. O camisa 10 só participou no momento da cobranças alternadas e balançou as redes.

- O Everton, ontem, nos treinos, de pênaltis não foi tão bem. E quando eu falei da lista com todos ele passou calado. Eu acho que ele não estava tão confortável para bater. Mas confesso que, analisando com calma, poderia ter colocado ele entre os cinco primeiros. Em uma próxima oportunidade com certeza ele estará entre os cinco. O Yago bate bem, acho que é o primeiro que ele perde na carreira, de oito pênaltis. O Arias eu olhei muito, e ele tinha gols de pênalti. Bateu muito bem ontem, hoje infelizmente errou, faz parte. A classificação não é fácil para ninguém. Para o Vasco não foi, para o Cuiabá não foi, e outros já foram embora.

O próximo adversário do Bahia na Copa do Brasil vai ser definido em sorteio, desta vez com a presença dos clubes que disputam a Libertadores e outros que já haviam garantido classificação antecipada para a terceira fase. Antes disso, o Tricolor tem mais um compromisso importante pelo Campeonato Baiano, neste sábado, às 16h (horário de Brasília), contra o Jequié, pela partida de volta das semifinais (Esquadrão venceu a ida por 1 a 0).

Veja outros trechos da entrevista coletiva:

Gol 10.000 de Thaciano

- Fico feliz por ele. Ele vem fazendo um ano espetacular, vem ajudando muito, se entregando muito. Acho que o gol dele representa o espírito de todos. É legal ficar marcado na história. Tantos craques fizeram gols para chegar nesse gol 10.000. É uma marca para se guardar com carinho. O gol é dele, mas tenho certeza que todos ficam felizes.

Gols no início

- Primeiro chamar atenção sobre os inícios dos jogos. A gente tem sofrido gols sempre nos começos dos jogos. Acho que a gente precisa ter mais atenção para isso. Contra o Ceará foi assim. Segundo destacar a força mental desse time. Não é a primeira vez que sai perdendo. Contra o Juazeirense saiu perdendo, contra o Ceará saiu perdendo, mas teve força mental para virar. Coisa que antigamente a gente não conseguia. Contra o Vitória conseguiu virar para 2 a 1 antes de ter jogadores expulsos e acabar perdendo o jogo. É um time que tem consciência daquilo que faz. Acho que se você analisar os gols, as jogadas que a gente fez hoje, o único pecado foi não ter decidido o jogo antes.

Rogério era pegador de pênalti. Deu dicas para Marcos Felipe?

- Eu confio muito neles. Juro, eu não intervenho na decisão deles. É muito particular isso. É dele a decisão, eles têm muita capacidade. Acho que ele tem tranquilidade, fez uma grande defesa na batida cruzada. Tem presença nas batidas de pênalti, que é importante. E também alguns ficam nervosos, outros ficam mais calmos.

Construção desde a defesa

- Quando você pega um time fechado, que vem para se defender e contra-atacar, que tem como princípio básico a defesa em linha baixa, é sempre mais difícil. Se o zagueiro não participar da construção, dificilmente você consegue criar as oportunidades. Se eu não me engano são 27 toques na bola no lance do segundo gol. Eu prefiro destacar as coisas boas. Com certeza temos coisas para melhorar, podemos ser mais fortes, render mais, mas hoje eu não reclamo. Contra o Ceará fomos inferiores, tomamos contra-ataques com chances de gol. Hoje não. Eles tiveram poucas chances de gol. Em matéria de resultado não fico feliz, mas em matéria de desempenho sim. O time construiu bem, fez um bom jogo. E temos que lembrar, dos oito jogos, sete fora de casa, e com viagens infindáveis. Não é fácil manter todo mundo focado e concentrado.

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