Dúvida do meia-atacante sobre futuro faz o Tricolor se animar com retorno do ídolo; clube estuda contrato curto para que o jogador possa ter outras possibilidades nas próximas janelas

São Paulo - O São Paulo mantém conversas constantes com o meia-atacante Lucas Moura há muitos anos, na expectativa de que uma brecha permita uma volta do jogador ao Morumbi. No clube, porém, nunca houve tanto otimismo por esse retorno como nos últimos dias.

Em outras janelas, a restrição sempre foi financeira. Com contrato com o Tottenham, da Inglaterra, Lucas era caro demais para ser contratado pelo São Paulo. Dessa vez, livre de vínculo com outro clube, o meia-atacante poderia chegar sem custos de transferências.

Trata-se de uma situação conhecida desde maio, quando o Tottenham anunciou que não renovaria com o jogador. Havia, porém, o desejo conhecido de Lucas de permanecer na Europa, em algum clube relevante, ou de partir para um mercado mais endinheirado – o atacante, de 30 anos, se vê no momento de assinar seu último grande contrato como atleta.

Desde então, nenhuma proposta seduziu o jogador – os principais clubes europeus já estão em estágio avançado de planejamento para a temporada e as janelas de transferência se fecham em pouco mais de um mês.

É um cenário que dá alguma vantagem ao São Paulo, que foi mais enfático em seus contatos com o meia-atacante nos últimos dias.

Uma solução proposta pelo clube é de que Lucas faça um contrato curto, de seis meses ou um ano. Daria a ele uma camisa para jogar e a possibilidade de ser visto novamente em uma vitrine importante. E a liberdade para encontrar um novo destino em janeiro ou junho do ano que vem, sem amarras.

Nessa semana, o Monterrey, do México, se aproximou do jogador. Ainda há essa possibilidade pelos valores supostamente altos da proposta. Há a chance de Lucas assinar com os mexicanos ou algum outro interessado, mas negociar um empréstimo de seis meses agora para o São Paulo, que não tem condições de igualar os termos financeiros.

Essa condição foi apresentada pelo jogador. Algo nos mesmos moldes foi feito com Kaká em 2014. O craque já havia fechado com o Orlando City, dos Estados Unidos, mas foi emprestado ao Tricolor até o fim daquele ano, à espera do começo da temporada da MLS.

Lucas se mostrou preocupado nos últimos dias com a relação que mantém com a torcida tricolor. A repercussão de que ele estaria próximo do Monterrey gerou reação negativa de torcedores e aumentou sua dúvida sobre o futuro.

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A Europa ainda é o foco de Lucas e um desejo de seus familiares.

O São Paulo lida com paciência para convencer Lucas Moura. Como ele está livre, não precisa ser registrado pelo clube antes do fim da janela de transferências, na quarta-feira.