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Tarefas de Coudet: Inter tem tempo para aperfeiçoar conceitos e corrigir problemas crônicos

Tarefas de Coudet: Inter tem tempo para aperfeiçoar conceitos e corrigir problemas crônicos

Colorado terá seis sessões de exercícios para acertar detalhes de olho no confronto com o Bahia

Porto Alegre - Após três dias de folga, o Inter volta aos trabalhos na manhã desta quinta-feira. O técnico Eduardo Coudet terá seis sessões de treino para definir a formação que enfrentará o Bahia, com desfalques de peso, reforçar os conceitos que entende dar resultados, além de acertar a construção de jogadas ofensivas e ajustar os movimentos defensivos.

Aliviado pelo recesso e energizado após vencer o Grêmio, o Colorado começa a difícil luta para escalar o pelotão em busca da classificação à próxima Conmebol Libertadores. O time está em 12º com 32 pontos, 12 atrás do Palmeiras, quarto colocado no Brasileirão, e 10 do Fortaleza, sexto e último que garantiria vaga ao torneio.

Para encurtar a distância, é fundamental ter uma sequência de vitórias. Três pontos na Fonte Nova aumentariam a motivação e mostrariam que há como atingir o objetivo. O desempenho recente, apesar da eliminação na Conmebol Libertadores, é visto com bons olhos por Coudet. Por isso, os seis dias serão usados para reforçar os conceitos do técnico argentino.

Eu quero ajudar esse grupo a ter mais ferramentas para sentir-se melhor em campo. Queremos subir na tabela seguramente.
— Eduardo Coudet

Meio time diferente

Todavia, o treinador também terá tarefas tortuosas. Uma delas: Coudet não contará com oito jogadores, cinco titulares, diante do Bahia. Rochet, Aránguiz, Johnny e Valencia entram em campo um dia antes por suas respectivas seleções e não terão condições de atuar em Salvador.

Até por isso, o equatoriano forçou o cartão amarelo para cumprir suspensão. Além do camisa 13, Renê, Igor Gomes e Nico Hernández também estão suspensos e desfalcam os gaúchos. Completam a lista Matheus Dias e Thauan Lara, ambos já com a Seleção na preparação para o Pan-Americano no Chile.

No lugar de Rochet, Keiller recebe nova oportunidade. Sem Renê, a tendência é que Dalbert comece a partida. Rômulo desponta como o favorito para substituir Johnny, mas há a disputa com Gabriel. Na vaga de Aránguiz, entra Bruno Henrique. E, sem Valencia, Luiz Adriano será o comandante do ataque.

Por outro lado, Pedro Henrique voltará a ser relacionado. O atacante já estava liberado na semana passada pelo departamento médico, recuperado da cirurgia no braço esquerdo. Entretanto, Coudet optou em não levá-lo ao clássico.

luiz adrianoLuiz Adriano terá nova chance no Inter - Foto/Ricardo Duarte/Divulgação, Internacional

Melhorar a eficiência

A formação mista não diminui a obrigação de vencer. E, para superar o Bahia, é preciso balançar as redes. E isso tem sido um problema. “Ah, mas o Inter fez três gols no Grêmio”. Verdade, porém, o time, uma vez mais, desperdiçou oportunidades. Os erros de finalização, inclusive, custaram a eliminação na semifinal da Conmebol Libertadores.

- Estamos acima de 15 finalizações por jogo e nos chutam muito pouco. Sempre se pode melhorar. Tem uma ideia mantida e a lógica do futebol é premiar isso. Faremos gols. Temos grandes finalizadores – aponta Coudet.

Não à toa, o Colorado permanece como o pior ataque do Brasileirão, com 23 gols em 26 rodadas. Alan Patrick, principal destaque do clássico, e Valencia, por exemplo, marcaram na Série A pela primeira vez no domingo. Wanderson, autor do outro, quebrou uma seca de quatro meses ou 19 partidas.

Luiz Adriano, que comandará o ataque diante do Bahia, não marca há dois meses. O último gol saiu no empate com o Corinthians em 5 de agosto. São jogos sem encontrar as redes ou 345 minutos.

Diminuir os gols sofridos

O Grêmio seguiu vivo no clássico porque Rochet não teve uma tarde inspirada como demonstrara até então. Na dolorida derrota para o Fluminense, John Kennedy e Cano aproveitaram as raras chances que tiveram.

Independente do motivo, o Colorado levou dois gols por partida nos últimos cinco compromissos. O que dificulta a tarefa de um time que já mostra complicações para estufar as redes. Desde 2 de setembro, quando empatou em 0 a 0 com o Goiás, os gaúchos não saem de campo sem vazar.

- É difícil que evitemos dois ou três chutes contra nosso gol. Hoje (domingo) foram dois. Lembra alguma defesa de Rochet? Outro dia, os dois gols foram nos primeiros dois chutes. Podemos falar em sorte. Sempre há erros. Estamos pagando a cada erro porque tomamos quatro gols. Sofremos dois gols em dois chutes. É difícil – completa o argentino.

Coudet precisará aproveitar o período para o Inter evoluir. A diminuta chance de alcançar a vaga à Libertadores (0,4% de acordo com o Espião Estatístico, do ge) passa pela Fonte Nova.

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