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Itália não dá chances aos EUA e é campeã olímpica pela primeira vez

Itália não dá chances aos EUA e é campeã olímpica pela primeira vez

Com atuação de gala, italianas são dominantes e encerram longo jejum do país no vôlei de quadra

Pela primeira vez na história, a Itália é campeã olímpica no vôlei de quadra. Neste domingo (11), último dia dos Jogos de Paris, as italianas dominaram os Estados Unidos do início ao fim. Com alto volume e 22 pontos de Egonu, venceram por 3 sets a 0. As parciais foram de 25/18, 25/20 e 25/17. Não é exagero dizer que cada uma das atletas europeias teve atuação de gala e assumiu a responsabilidade de encerrar um longo jejum do país nas Olimpíadas. A seleção feminina sobe ao pódio de forma inédita e já ocupa logo o degrau mais alto.

O pódio feminino do vôlei

🥇 Itália
🥈 Estados Unidos
🥉 Brasil

O caminho até a glória 💪

A Itália já teve seleções dominantes no vôlei, especialmente no naipe masculino. Mas nunca pôde subir ao lugar mais alto do pódio olímpico. Entre os homens, chegou a conquistar três pratas e três bronzes. Duas derrotas em finais foram para o Brasil, inclusive (em 2004 e 2016). Coube, então, à equipe feminina levar o país ao topo do esporte. Um ouro que nunca será esquecido.

A redenção de um técnico 🤩

Julio Velasco nasceu na Argentina, mas construiu uma ligação forte com o vôlei da Itália. No comando da seleção masculina do país europeu, empilhou conquistas na década de 1990, incluindo títulos mundiais. Mas bateu na trave em Olimpíadas, ficando com a prata na edição de Atlanta, em 1996. Assumiu a equipe feminina recentemente, depois que o antigo treinador, Davide Mazzanti, teve problemas com jogadoras e acabou demitido. Velasco agarrou a oportunidade e pôde alcançar o ouro olímpico – tão desejado por ele e por todos os italianos.

O destaque italiano! 💎

Uma das jogadoras que se desentenderam com o técnico Davide Mazzanti, Paola Egonu chegou a ficar afastada da seleção italiana, mas voltou a tempo de disputar as Olimpíadas. E foi o grande destaque da equipe em Paris. Terminou como maior pontuadora da final, derrubando 22 bolas – 18 no ataque e quatro no bloqueio. Escreveu seu nome no olimpo italiano e na história do vôlei mundial.

Como foi a final 🏐

Com a primeira medalha olímpica de sua história garantida, a seleção italiana veio disposta a buscar o ouro e esteve solta em quadra. Com maior volume de jogo e 11 pontos de Egonu, a equipe não deu nenhuma chance aos Estados Unidos, que chegaram como atuais campeões, e fechou o primeiro set em 25 a 18. As americanas não conseguiram derrubar bolas no bloqueio e ainda sofreram com o baixo aproveitamento de Plummer, que tinha sido grande destaque na vitória sobre o Brasil, na semifinal.

Na segunda parcial, os Estados Unidos também não encontraram respostas para a Itália. Com um volume impressionante e grandes derrubadoras de bolas, a seleção europeia mostrou variação de jogadas e comandou as ações. Egonu já tinha 16 pontos, mas a levantadora Orro acionava quase todas as jogadoras em quadra. Vitória por 25 a 20, e as italianas ficaram a um set de conquistar o ouro inédito.

E esse ouro nunca esteve ameaçado. A Itália comandou mais uma parcial e venceu o terceiro set por 25 a 17. Cada uma das jogadoras em quadra teve atuação de gala e protagonizou um show poucas vezes visto em finais. Quis o destino que o último ponto fosse um ataque errado da americana Thompson, mas a conquista e o fim do jejum italiano passou por todas as comandadas do técnico Julio Velasco.

Números da partida 👀

🏐 Pontos totais: 75 da Itália / 55 dos EUA
💪 Pontos de ataque: 45 da Itália / 35 dos EUA
❌ Pontos de bloqueio: 11 da Itália / 0 dos EUA
💫 Pontos de saque: 7 da Itália / 3 dos EUA

Americanas também fazem história 👏

Por vir depois de uma derrota, a prata até pode ter um gosto amargo, mas significa muito para os Estados Unidos. É a 13ª medalha no vôlei de quadra, o que faz com que os EUA sejam o país com mais pódios olímpicos na história da modalidade – à frente de Brasil e União Soviética, que têm 12.

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