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Análise: vitória é o mais importante para um Botafogo que ainda sofre além da conta em campo

Análise: vitória é o mais importante para um Botafogo que ainda sofre além da conta em campo

Alvinegro teve chances de fazer placar mais confortável e sofreu no fim contra o Atlético-GO

Rio de Janeiro - O Botafogo passou longe de dar espetáculo e ter sofrido nos minutos finais, mas venceu o Atlético-GO e conquistou os primeiros pontos no Brasileirão. A primeira frase, apesar de ainda trazer preocupações, fica em segundo plano para um fato: o triunfo. O Alvinegro espantou a má fase. E, convenhamos, não há melhor jeito de recuperar a melhor forma do que com um resultado positivo nas costas.

Diante do Dragão, não importava como, mas o objetivo deveria ser sair de campo com a vitória. Esta foi conquistada com um primeiro tempo interessante. Novamente com a formação de quatro atacantes, o time teve boas movimentações no sistema ofensivo e colocou a defesa adversária para trabalhar.

A novidade na formação foi Matheus Nascimento, mas ele pouco ficou em campo por causa de uma lesão na coxa. Durante o período no jogo, o camisa 90 ficou longe da área e fez mais trabalho sem bola, abrindo espaço para Júnior Santos, justamente o jogador mais perigoso do time no começo do duelo.

Com a entrada de Tiquinho, a movimentação mudou. O camisa 9 tinha como característica ir de encontro à bola e fazer pivôs visando criar oportunidades para os companheiros.

O ponto negativo, assim como na partida contra o Cruzeiro, ficou pelas atuações de Jeffinho e Luiz Henrique, apesar de o camisa 7 ter dado a assistência. Ambos têm como característica principal o bom 1x1 e capacidade de drible, mas frequentemente caem por dentro e se confundem porque não estão acostumados a trabalhem o jogo interno o tempo inteiro. Foram raras as vezes que os pontas caíram em duelos individuais contra os laterais rivais.

A adaptação demanda tempo. O gol do Botafogo, porém, nasceu justamente com as novas características que Artur Jorge tenta implementar. Com Mateo Ponte por dentro após troca de passes envolvendo Tchê Tchê, Júnior Santos e Luiz Henrique, o uruguaio, praticamente como meia, marcou.

O Alvinegro teve chances para ampliar. O Atlético-GO tentou ir para cima, mas parou nas boas atuações de Gregore e Tchê Tchê, que controlaram o meio-campo com praticamente perfeição. Muitos dos contra-ataques, porém, foram desperdiçados.

Quem não faz...

O Botafogo teve mais volume de jogo e praticamente foi dono da partida no primeiro tempo. Pela intensidade e trocas de movimento, Jeffinho e Luiz Henrique ficaram exaustos ainda no início da etapa final e foram substituídos por Savarino e Óscar Romero.

Sem velocidade, o Alvinegro deixou de criar e todo o domínio foi por água abaixo. Sem a rapidez, a bola batia, voltava e sempre caía para o Dragão. Outras alterações, como as entradas de Patrick de Paula e Danilo Barbosa, também pouco ajudaram na tentativa de segurar a bola no campo ofensivo.

O jogo virou nos últimos minutos, marcado por pressão goiana. Lucas Halter foi essencial com dois bloqueios em chutes que teriam a direção do gol; Gatito fez ótima defesa em chute de Vagner Love na pequena área.

Houve sofrimento - e muito. Talvez de forma desnecessária pela forma como o jogo se desenhou, mas explicitando fatores que fazem parte de um processo de uma filosofia nova.

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